Computação em nuvens é o termo utilizado para definir a capacidade de armazenar dados em grandes estruturas conhecidas como data centers.
Neste artigo você vai entender como e quando a computação em nuvens surgiu. Além de conhecer quais são as suas principais vantagens e desvantagens.
Boa leitura!
1. Computação em nuvens: Contexto Histórico
Segundo Santos (2018), a década de 50 foi a precursora com o processamento de dados por meio da utilização dos mainframes.
Esses computadores eram extremamente grandes e robustos.
Isto porque, seu funcionamento era feito pela combinação de milhares de relés elétricos e tubos a vácuo.
Com isso, o computador executava milhares de cálculos por segundo, um feito muito significativo para a época.
Pouco depois, em meados da década de 70, houve uma evolução considerável.
A Intel, ao criar o primeiro microprocessador, que nada mais era do que um chip simples, impulsionou o avanço da indústria tecnológica (SANTOS, 2018).
Portanto, com os constantes aperfeiçoamentos, criaram-se os microcomputadores. Eram menores e mais avançados que os mainframes.
Logo, a sua receptividade foi um fator decisivo para o avanço da década a seguir.
Posteriormente, nos anos 80, os microcomputadores cederam seus lugares aos computadores pessoais.
Assim, adaptados às atividades triviais do dia a dia, ganharam espaço relevante nas empresas e residências da época.
Além disso, foi nesse período que a transmissão de dados entre computadores se desenvolvia, mas apenas para fins militares e científicos.
1.2 Surgimento da Computação em Nuvens
Em seguida, no início da década de 90, a internet se firmou e com ela foi disseminada a troca de informações.
Como afirma Santos (2018), apesar da maioria dos computadores pessoais da época não terem acesso a ela devido ao alto custo, a internet estava em rápida e constante evolução.
Foi exatamente nesse período que o símbolo da computação em nuvens surgiu.
As operadoras de telecomunicações e redes remotas da época usufruíram da logo que usamos até hoje.
O símbolo era composto por um ícone em formato de nuvem que representava a internet.
Além disso, a nuvem também fazia alusão a todos os demais serviços oferecidos na época, como acesso ao e-mail, fóruns, sites e etc.
Desde então a computação em nuvens evoluiu de modo significativo.
Atualmente é possível não apenas armazenar arquivos em um servidor virtual, mas também fazer uso de aplicações e softwares através de um navegador web.
E isto sem necessitar de recursos do próprio computador.
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2. Definição
Devido ao acúmulo de informações nas últimas décadas, a necessidade de melhorar o serviço de armazenamento de dados foi imprescindível.
Por isso, fatores como a delegação de infraestrutura para um serviço terceirizado, segurança e economia de custos com a manutenção dos serviços contribuíram para popularizar a computação em nuvens.
De modo sucinto, a computação em nuvens é o processo de armazenamento de dados em um local exterior ao ambiente corporativo.
Ambientes denominados data centers, são estruturas otimizadas para o armazenamento e trato dos grandes volumes de dados (VERAS, Manoel. 2015, p. 28).
Segundo Taurion (2009), a computação em nuvens pode ser descrita como um ambiente de computação permeado por uma rede de servidores, físicos e virtuais.
Dessa forma, tem-se uma infraestrutura preparada para armazenar e tratar dados pessoais e corporativos.
2.1 Principais Características da Computação em Nuvens
Em resumo, as principais características da computação em nuvens podem são:
- Acesso aos recursos ilimitados de hardware e software sob demanda
- Não é preciso arcar com os custos de uma infraestrutura e nem com profissionais para dar manutenção
- As empresas só pagam pelo serviço que elas forem usar
- Alto poder de processamento de hardware e utilização de recursos sem custos adicionais
Como ressalta Santos (2018), a computação em nuvens também oferece autosserviço sob demanda.
Bem como amplo acesso à rede, grupo de recursos, rápida elasticidade e serviços mensuráveis.
Além disso, a computação em nuvens possui três modalidades de compartilhamento, que segundo Taurion (2009), são as públicas, privadas e híbridas.
O serviço é contratado a um provedor externo no compartilhamento público.
Já no privado, uma única empresa controla quais aplicações serão executadas, como e onde.
E no híbrido, há uma mistura de compartilhamento público e privado.
Dessa forma, pode-se exemplificar as modalidades da seguinte maneira:
Nuvem pública
Não é necessariamente gratuita, pois depende do provedor. Mas refere-se ao fato de que é possível acessá-la por meio da internet.
Assim, uma empresa pode ter fácil acesso pela internet à uma infraestrutura computacional, de modo a fazer uso de seus recursos e serviços.
Nuvem privada
É chamada também de nuvem empresarial. Ou seja, aplica-se o conceito de computação em nuvem aos servidores localizados internamente ao firewall.
Em resumo, para Taurion (2009), as nuvens são um conjunto de data centers em que se armazenam e tratam os dados e informações.
2.2 Vantagens
A computação em nuvens promove benefícios evidentes para o meio corporativo.
No cenário tradicional, as empresas armazenam os seus dados e informações gerenciais em sua sede. E com isso, monta-se uma infraestrutura adequada.
Só que a empresa é responsável por todos os custos dos materiais e profissionais que dão a manutenção dos hardwares.
E por esta razão, a prática tradicional não se mostra mais vantajosa quando comparada com a computação em nuvens.
Isso porque os serviços oferecidos pela cloud computing superam em termos os gastos de uma infraestrutura tradicional.
Um dos principais benefícios da computação em nuvem é a descentralização da estrutura em que serão armazenados e tratados os dados.
Isto significa que a empresa não terá que investir em equipamentos e nem em profissionais para a sua manutenção.
Como principal benefício tem-se uma economia considerável de gastos.
Por outro lado, há também a segurança dos dados, já que estes não correrão o risco de se perderem caso aconteça uma catástrofe com a empresa, seja física ou virtual.
Os dados estarão seguros e devidamente armazenados em data centers.
Por fim, há como benefício também, o fato de se fazer uso de uma infraestrutura flexível e escalável. Nela, utilizam-se os recursos de forma maximizada, como afirma Taurion (2009).
Ainda é interessante ressaltar que os benefícios vão além dos custos e delegação de atividades.
Pode-se dizer que a computação em nuvens contribui para o trato com o meio ambiente, já que promove a economia de energia e a reciclagem de equipamentos.
Assim como contribui para o engajamento e produtividade do cenário corporativo. Pois permite às empresas se concentrarem na gestão dos produtos e não na manutenção de sua infraestrutura de dados.
2.3 Riscos
Contudo, a computação em nuvens ainda oferece riscos quanto à segurança e política para com o trato e armazenamento dos dados.
Assim, de acordo com Lima (2018), é possível dizer que um risco corresponde a uma ameaça.
Logo, uma ameaça pode ser qualquer coisa que explore a vulnerabilidade de uma aplicação para obter, alterar ou indisponibilizar o acesso aos ativos.
Um dos riscos mais preocupantes em relação às nuvens públicas é o compartilhamento do mesmo hardware entre muitos usuários.
Caso haja alguma espécie de vulnerabilidade no servidor, facilita-se a chance de ataque e roubo de dados por meio de crackers.
Portanto, como afirma Lima (2018), a ameaça é a potencial fonte de ataque que pode resultar em danos para o sistema da empresa.
Há de se ressaltar também que mesmo os servidores virtuais possuem suas vulnerabilidades.
Dessa forma, eles não estão isentos de ataques e de falhas que possam distribuir dados confidenciais de maneira gratuita.
Por outro lado, há também o risco oriundo do próprio usuário. Já que, dependendo do uso errôneo de uma determinada ferramenta, pode excluir ou modificar os dados.

3. Software as a Service (SAAS)
Segundo Tiago Santos (2018), Software as a Service significa Software como Serviço.
Ou seja, é um serviço que disponibiliza um programa hospedado em um servidor remoto.
Assim as aplicações são acessadas por meio do dispositivo do cliente, com o uso de uma interface simples. Porém, o cliente não gerencia nada da infraestrutura, apenas ajusta suas configurações pré-definidas.
4. Platform as a Service (PAAS)
Platform as a Service significa plataforma como serviço.
Trata-se de uma capacidade, em que se pode realizar a implementação e o desenvolvimento de um sistema próprio, dentro da infraestrutura do provedor de serviços.
Nessa condição, o usuário não gerencia ou controla nenhum item da infraestrutura, tal como servidores, redes, sistemas operacionais ou armazenamento (SANTOS, 2018).
5. Infrastructure as a Service (IAAS)
De acordo com Santos (2018), Infrastructure as a Service significa oferecer uma infraestrutura como serviço.
Trata-se do serviço fornecido ao cliente para processamento, armazenamento, e outros recursos computacionais.
O consumidor não pode controlar ou gerenciar a infraestrutura, mas pode fazer modificações no sistema operacional, no armazenamento e na implementação das aplicações.
Referências:
LAMIN, Jonathan. Amazon AWS: Descomplicando a computação na nuvem. São Paulo: Casa do Código, 2016.
TAURION, CEZAR. Cloud Computing: computação em nuvem: transformando o mundo da tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.
VERAS, MANOEL. Computação em Nuvens. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.